sexta-feira, março 25, 2016

um texto de Leonardo Boff

É uma reflexão pertinente, de uma das grandes figuras do Cristianismo contemporâneo. É o primeiro nome que me vem à mente quando se fala da Teologia da Libertação. É alguém, e não um qualquer gilmar, que anda por cá a branquear os itagibas.

4 comentários:

Jaime Santos disse...

Quando olho para as desigualdades gritantes do Brasil e o comparo com o nosso País, onde apesar de tudo conseguimos de há 40 anos para cá construir uma sociedade razoavelmente decente e razoavelmente inclusiva, apesar de todo o trabalho que há ainda a fazer, pergunto-me se é mesmo este Espectro do Portugal Passado que os muitos saudosistas que por aí ainda pululam, desejam, alguns filhos ou mesmo netos dos colonialistas de antanho... Por outro lado, quando olho para a História pouco edificante da nossa colonização sinto-me contente por não ter nada a ver com isso, e para o Inferno com a 'Gesta Gloriosa'...

Ricardo António Alves disse...

Na verdade, não há colonialismo decente, e a gesta gloriosa era a treta nacionalista que nos impingiam na escola. Fomos pioneiros na arte de navegar, cruzámos e unimos os oceanos. É o nosso papel na história universal, e isso devia bastar-nos. O resto é conversa fiada neo-bacoco-colonial.

Jaime Santos disse...

Pois, mas mesmo o desenvolvimento dessa capacidade de navegar em que fomos os pioneiros acabou por não ter outro objetivo que não o da servidão de outros Povos. Por isso é que compreendo que eles torçam o nariz quando queremos celebrar o empreendimento científico e o 'encontro de culturas'. Para eles teria indiscutivelmente sido melhor que o Renascimento Europeu e a Expansão Marítima subsequente nunca tivessem ocorrido...

Ricardo António Alves disse...

O processo das navegações tem indubitavelmente vários vectores, que não podem nem devem ser dissociados: o domínio, é verdade; o comércio, a ideologia ligada à religião, a geopolítica -- súmula das anteriores --, e até a curiosidade geográfica, o ímpeto aventureiro e o desafio inapelável da ciência e da técnica. Creio que esta será a forma mais justa de ver o conjunto das navegações (ou descobrimentos) dos portugueses.
Claro que aqueles que sofreram com o contacto, não acharam nenhuma graça, vide a Índia e os 500 anos da viagem do Gama...