quarta-feira, janeiro 31, 2018

50 discos: 50. WE'LL NEVER TURN BACK (2007) - #5 «On My Way»



notícias do regabofe

O Ministério Público tornou inviável um programa que queria fazer dinheiro à custa da exploração infantil. Viva o MP! O Ministério Público está no encalço de criaturas duvidosas das magistraturas. Viva o MP! (No entanto, lá estava a imprensa do costume a registar tudo, prèviamente avisada por quem?...) O Ministério Público está a entalar dois titulares de cargos políticos que usaram o cartão de crédito para comprar livros (uns cartapácios de Direito, supõe-se) e revistas sociais (gastar dinheiro dos contribuintes a comprar a Caras ou equivalente deveria dar cadeia). Viva, portanto, o MP! (Também sei dizer bem do MP; e, já agora: 400 euros em livros e revistas é um mero desleixo, e como tal deve ser entendido; mas 13 mil euros, a confirmar-se, é ladroagem descarada.)
Entretanto, mãos largas e generoso com quem lhe vai ao pote, este mesmo estado não dispõe de verba para reparar meia dúzia de helicópteros Kamov, que deveriam estar ao serviço do Inem e da Protecção Civil. 

terça-feira, janeiro 30, 2018

estampa CCXCI - David Burliuk


Na Igreja (1922)

estou a ler


criador & criatura

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Maurice Tillieux e Gil Jourdan

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segunda-feira, janeiro 29, 2018

domingo, janeiro 28, 2018

50 discos: 49. AS IS NOW (2005) #5 «The Start Of Forever»



Mort Walker

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O Recruta Zero (Beetle Bailey) é uma das melhores recordações de infância. Criatura genial, antimilitarista involuntário, por desastrado e preguiçoso em extremo (uma espécie de Gaston Lagaffe, do Franquin, made in USA), saído da cabeça e do lápis de Mort Walker, que morreu ontem. No Vietname, deviam rir-se com ele; por cá, as revistas da RGE creio que chegaram já após o fim da Guerra Colonial. Além dessas revistas e dições especiais, tenho um voluminho de tiras que tive de mandar encadernar, tal o uso que lhe dei. E um livro-de-bolso comprado há 35 anos em Copenhaga para me distrair na passagem do Estreito da Jutlândia. 

a ler


«Magical Mystery Tour»

Eu sei o que é participar deste momento mágico de felicidade, o de assistir a uma das etapas da tournée do mais talentoso dos Fab Four. O vídeo mostra bem o efeito. What a joy!

sábado, janeiro 27, 2018

estampa CCXC - Camille Hillaire


Nu no Jardim

«Pelas cinco horas duma tarde invernosa de outubro, certo viajante entrou em Corgos, a pé, depois da árdua jornada que o trouxera da aldeia do Montouro, por maus caminhos, ao pavimento calcetado e seguro da vila: um homem gordo, baixo, de passo molengão; samarra com gola de raposa; chapéu escuro, de aba larga, ao velho uso; a camisa apertada, sem gravata, não desfazia no esmero geral visível em tudo, das mãos limpas à barba bem escanhoada; é verdade que as botas de meio cano vinham de todo enlameadas, mas via-se que não era hábito do viajante andar por barrocais; preocupava-o a terriça, batia os pés com impaciência no empedrado.» Carlos de Oliveira, o início de Uma Abelha na Chuva (1953)

sexta-feira, janeiro 26, 2018

do humor involuntário (um cómico em Davos)

Dizem alguns snobs que o Lula não sabe falar. Pelo contrário, esta criatura ora (obra) de modo mavioso: banalidades de causídico, lugares-comuns de bacharel. Seria de rir...

estampa CCLXXXIX - Bartolomé Murillo

Caritas Romana

quinta-feira, janeiro 25, 2018

«Os homens ficaram mais tristes que nunca. E, nessa noite, cantaram tão desgraçados como os presos às grades de uma cadeia.»

quarta-feira, janeiro 24, 2018

tempo de misérias

daqui
1.ª miséria: a tentativa da plutocracia brasileira de afastar Lula das próximas presidenciais: o estado à mercê de dirigentes desidratados de ética (a começar pela caricatura de presidente), dos cleptocratas (com os media ao seu serviço), das seitas religiosas (pontificando a benemérita iurd), juízes inchados. Se eu fosse um autoritário, diria que o Brasil, a quatro anos do bicentenário como estado independente, precisava dum Fidel para pôr os temers, os cunhas, os edires e demais zoo em campos de reeducação (pelo menos salvava-se a música...) Como não desejo para os outros o que não quero para mim, resta-me sonhar com a revolução aparentemente impossível.

2.ª miséria: Operação Fizz. Como pode a política externa portuguesa estar à mercê de um qualquer juiz ou magistrado? Um país com 890 anos de história como Portugal (Batalha de São Mamede, 24 de Junho de 1128) não pode estar à mercê de amadores, que de política externa não alcançam um boi. E seria fácil legislar, salvaguardando a diplomacia portuguesa e a independência dos tribunais. Até eu, que não sou jurista, sei como se faz.

3.ª miséria: o ataque turco aos curdos, na Síria. Trump do lado certo, neste particular e desta vez -- nem ele deve saber como ou porquê.

pequenas misérias: perseguições fascistoides a Woody Allen (uma recorrência, basta lembrar Polanski); outra miséria, com flausina, que não vi e não gostei, dá pelo nome de 'supernanny', ou lá o que é. O espaço público me(r)diático, veículo de toda e qualquer badalhoquice. Único critério: encher os bolsos a accionistas & outros lenocinas. Assim tipo CTT: quem vier atrás que feche a porta e apague a luz.     

terça-feira, janeiro 23, 2018

porque sim

Monica Bellucci, por Gian Paolo Barbieri

estampa CCLXXXIX - Albert Schindler


Retrato de Jardineiro e Trompista em Casa do Imperador Francisco I (1836)

sábado, janeiro 20, 2018

quinta-feira, janeiro 18, 2018

estampa CCLXXXVIII - Zef Shoshi


A Torneira (1969)

As coisas não têm significação: têm existência. / As coisas são o único sentido oculto das coisas.
Fernando Pessoa / Alberto Caeiro

terça-feira, janeiro 16, 2018

estampa CCLXXXVII - Yves Brayer


Avignon (Rue des Grotes) (1945)

segunda-feira, janeiro 15, 2018

domingo, janeiro 14, 2018

estampa CCLXXXVI - Xavier Sigalon


A Jovem Cortesã (1821)

quinta-feira, janeiro 11, 2018

negrume

George Clooney, Suburbicon

Quando tudo o que parecia mas não era, era pior do que parecia.


quarta-feira, janeiro 10, 2018

Santa Catarina nos valha

À boleia da  revelação e condenação de práticas criminosas que vieram à tona, e de que me não vou ocupar agora,  os eunucos e pichas-frias do costume -- gente que não gosta de sexo e que com ele se confronta com sentimentos e dificuldades várias --, intensificam a cruzada, amplificada pelos gritinhos dos merdia de quiosque, chateando todos os que têm ou querem ter uma vivência erótica tão descomplicada quanto possível.
É pois de saudar que a velha Europa, por uma das suas figuras mais emblemáticas, Catherine Deneuve, uma das mulheres mais bonitas do mundo (a foto mostra-a no esplendor da idade) venha encabeçar uma lista de cem, dizer isto.

50 discos: 44. THE DREAMING (1982) - #5 «Leave It Open»



segunda-feira, janeiro 08, 2018

As minhas mãos telhado / no teu rosto de pombas.
Carlos Nejar

a coisa púbica

Por exemplo:
o comportamento mafioso dos partidos políticos, tratando do seu financiamento e fazendo dos portugueses estúpidos; máxime a falta de vergonha do CDS, partido com cadastro nesta matéria, como bem lembrou Luís Fazenda (uma estreia neste blogue);
a situação dos CTT, negociata feita nas barbas dos cidadãos (e talvez nos barbos das cidadãs), com avisos generalizados, não apenas para as implicações no serviço postal, que estão à vista, mas também o desfechar de mais uma machadada na coesão nacional;
cereja no topo do bolo: a indigência do debate no PSD, sem surpresa, porém, para quem lhe acompanhou o historial: a dissidência que esteve na origem da ASDI, com a saída dos grandes quadros políticos do partido, a morte de Sá Carneiro e as contingências do Poder transformaram-no naquilo que politicamente tem sido -- nada. O debate exibiu ao país esse nada;
...e o Hospital de Faro e a Escola Superior de Dança e muita e tanta coisa que anda por aí mais ou menos escondida. Escrever sobre esta coisa púbica é-me um bolsar que me estraga o interesse dos dias.

(e, já agora):  o preocupante comportamento persecutório de um organismo governamental que dá pelo nome de CIG, a propósito dum artigo de José António Saraiva (outra estreia; isto anda a perder qualidades...): comportamento censório e fascizante. Dizer que o artigo do Saraiva «é susceptível de favorecer a prática de atos de violência homofóbica e transfóbica» é duma ordinária vigarice intelectual que não pode passar em claro. Era o que faltava, ó CIG. Espero que o DIAP faça não apenas o que lhe compete, arquivando a queixa, como admoeste severamente estas criaturas, que lhe andam a fazer perder tempo.

«O génio é uma excrescência no homem, como uma neoplasia.»

domingo, janeiro 07, 2018

sábado, janeiro 06, 2018

sexta-feira, janeiro 05, 2018

estampa CCLXXXIV - Vanessa Bell


Natureza Morta, Janela (1961)

terça-feira, janeiro 02, 2018