quinta-feira, março 24, 2016

microleituras

A partir do livro póstumo de Eça de Queirós, O Egipto -- Notas de Viagem, e de dispersos vários sobre o o país dos faraós e das pirâmides, procurei perceber as razões dessa viagem, feita em 1869, a propósito da inauguração desse prodígio da engenharia que foi o Canal do Suez, motivação que espero ter mostrado que ia muito para além duma experiência mundanal forte; insiro o querido Eça na sua linhagem orientalista; anoto as descrições de Alexandria e do Cairo; e procuro contextualizar as ténues relações Portugal-Egipto nesse período. Foi um dos estudos que mais prazer me deu realizar, e talvez merecesse ser conhecido por cá.

incipitEça de Queirós chegou a Lisboa, "bacharel e ocioso! -- como escreveu Fialho d'Almeida (Fialho d'Almeida, 1969, p. 105) -- com 21 anos, saído das pugnas políticas e estéticas de Coimbra, da contestação ao reitor da Universidade, Basílio de Sousa Pinto, atravessando a Questão Coimbrã -- que foi, só, a grande fractura literária do século.»

 Ricardo António Alves, Eça do Egipto, separata de Taíra - Revue du Centre de Recherche et d'Etudes Lusophones et Intertropicales, n.º 11.
(também aqui)

5 comentários:

PNLima disse...

Já andei à procura do 202, nos Campso Elísios, que não existe! E como gostava de conhecer o Egipto! Fico-me pelo Eça e seus escritos!

Ricardo António Alves disse...

Mas pode ir a Neuilly-sur-Seine e ver a casa onde Eça viveu, que está assinalada com uma lápide aposta em 1945, creio, por altura do centenário do nascimento dele. :)

Rui Luís Lima disse...

Deve ser muito interessante este seu ensaio sobre o Eça e a visão dele sobre Alexandria e o Egipto, dois locais que gostaria um dia de visitar, quando a aldeia global estiver mais tranquila.
Cumprimentos

PNLima disse...

Obrigada pela dica! Numa próxima irei procurar! :-)

Ricardo António Alves disse...

Obrigado pelo comentário, Mister Vertigo. Talvez esteja na net, uma vez que já tem tanto tempo. Sinceramente, não fui ver.
Saudações cordiais.