terça-feira, março 15, 2016

Nicolau Breyner

Nicolau Breyner, ontem falecido, foi-me servido em criança e na juventude como humorista, condição que dificilmente compara com Raul Solnado ou Herman José. Ele foi, essencialmente, um actor completo em vários registos, nem sempre com a dita de ter textos à altura do seu talento. No cinema, que preferia ao teatro, foi excepcional muitas vezes, e muitas vezes o que de melhor se aproveitava de filmes frouxos. Como não cultivo a bisbilhotice, havia características suas que desconhecia, e que só hoje, no jornal, fiquei a saber, a principal das quais era a de ter sido uma boa pessoa; e de, apesar de ter conseguido, não apenas um lugar ao sol mas também o seu território, e de nele abrigar vários colegas da sua profissão e das que lhe estão adjacentes -- portanto, detentor também do seu poder e da sua influência --, não se lhe conhecer um inimigo, o que diz muito da pessoa. 
Ah, e sim, como lembra Ana Sá Lopes hoje no i, ele será sempre, para a nossa geração, o Sr. Contente.


4 comentários:

sincera-mente disse...

Uma coisa retenho, acerca da figura de NB:
Independentemente, da qualidade profissional (bastante acima da média, na minha opinião), ele era, consensualmente, o que se costuma chamar "um bom tipo", uma pessoa de quem se gosta. Coisa bem rara,nos tempos que correm...

Rui Luís Lima disse...

Concordo em absoluto. A televisão deve-lhe muito, basta recordar o que foi a aventura de fazer "Vila Faia", mas no Cinema ele foi surpreendente, quando surgia no écran, era fabuloso. Talvez fosse bom que a televisão recorde esta sua faceta pouco conhecida do grande público.
Cumprimentos

Ricardo António Alves disse...

"Um bom tipo" e um actor de cinema "fabuloso", dois bons motivos para recordá-lo.

Saudações cordiais.

Paulo Ferrero disse...

:-(