A CGTP convida o PS a fazer-se representar na manifestação do 1.º de Maio. Perfeito.
O PS escolhe a delegação que entende. Está no seu direito.
Não acredito que no PS não se antecipasse o tipo de reacção da turba, uma vez que os trânsfugas do PCP são sistematicamente sujeitos à destruição de carácter.
Vital Moreira sabe-o perfeitamente. Esteve lá; conhece-os bem. Então, das duas, uma: Vital foi à procura da sua Marinha Grande; ou Vital, homem livre, ciente dos riscos, quis exercer a sua prerrogativa numa sociedade democrática; a de se manifestar, ainda por cima integrado numa delegação convidada.
O PCP não tem de se desculpar. Objectivamente, a forma insidiosa como tratam os dissidentes só responsabiliza os energúmenos que agridem, em transportes místicos de inconsciência revolucionária. A responsabilidade moral não é para aqui chamada. Porque Vital Moreira foi agredido desta forma, não por ser membro da delegação do PS, ou pelo desespero de supostas vítimas da crise actual. Foi-o por ser dissidente do PCP, como toda a gente que esteja atenta à natureza do Partido e conheça a sua história sabe. Aliás,a palavra traidor foi bem ouvida. Percebo que Carvalho da Silva procurasse arranjar essa explicação benigna do desespero dos trabalhadores, mas as coisas são o que são.
A Intersindical apenas deve desculpas formais e de cortesia -- que desde logo apresentou --, uma vez que obviamente não pode ser responsabilizada por actos isolados, que de resto só prejudicam os seus propósitos de contestação ao Governo.
É óbvio que o PS vai fazer render o peixe. É bem feito.
imagens RTP
7 comentários:
Boa, RAA. Há alturas em que não conseguimos ficar entupidos. Eu até estou admirada que o tom do antigamente não tivesse sido comentado antes. Estamos quase na luta de classes e no proletariado ao poder!
Pois, mas aqui os agentes da acção não passam de figurantes...
Pois... :(
Um grande teatro do mundo!
Apesar disto tudo, desejo-lhe um óptimo fim-de-semana, RAA :)
Obrigado, Ana Paula, também para si :)
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Abraço.
Talvez, meu caro, embora nada justifique a batida ao homem que lhe fizeram.
Abraço.
Já agora em que acto ficaram? no IIº ou no IIIº. Por mim, acho que a peça é por demais conhecida. Memória de outras campanhas, recorrer ao déjà vu revela pouca imaginação...digo eu...
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