o medo e a transgressão
o disfarce e a submissão
correm no meu sangue
confinado à beira baixa
no retrato duma trisavó
na terra
no nome da família
inscreve-se ao baixo o rasto milenar da judeia na cara do meu
[sangue
passei a exigir-me judeu
vestígio da nobreza do meu sangue
berbere celta negróide
e há segredos de roda
tradição familiar fantasiosa de aristocracia presuntiva
sem um pingo da nobreza do meu sangue
a verdade é que no meu sangue há criadas de servir
criadas em locais remotos duma baixa beira
terra de contrabando e crime
terra de ninguém
terça-feira, fevereiro 08, 2011
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3 comentários:
Leio tudo e nem se que dizer. Eu gosto muito.
podia juntar todas os textos , num só, a um, dois,,,e esta.
Fica mais fácil p o leitor perceber a unidade.
mas tb o leitor busca..uai.
Que sangue arteiro, cheio de gingas.
Você é todo muito chique.
E você é uma querida, Rose.
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