sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Egipto, ou viva o poder popular

O que mais me impressionou nestes dias de levantamento popular no Egipto foi não apenas a determinação demonstrada pelos cairotas e restante população contra o regime de Mubarak, mas a civilidade com que o fizeram:  os episódios do Museu do Cairo e da Biblioteca de Alexandria, o exemplo de unidade para além das confissões religiosas, a ausência de bandeiras americanas queimadas, quando se sabia que os EUA foram sustentáculo do regime, como pragmaticamente tiveram de o ser (Obama esteve muito bem, mais uma vez). As mortes foram causadas pelos esbirros do costume. 
A seguir se verá o que vem; mas venha o que vier, tal  não apagará da memória o notabilíssimo exemplo cívico destas semanas na Praça da Liberdade.
(foto: Marco Longari, AFP)

2 comentários:

C. disse...

Inteiramente de acordo, RAA. A força do povo está em potenciar o que o une e não em discutir interminavelmente o que o separa.
O mundo a mudar, assim, é uma emoção e tanto.

Ricardo António Alves disse...

ou que, pelo menos, a discussão seja livre