O que mais me impressionou nestes dias de levantamento popular no Egipto foi não apenas a determinação demonstrada pelos cairotas e restante população contra o regime de Mubarak, mas a civilidade com que o fizeram: os episódios do Museu do Cairo e da Biblioteca de Alexandria, o exemplo de unidade para além das confissões religiosas, a ausência de bandeiras americanas queimadas, quando se sabia que os EUA foram sustentáculo do regime, como pragmaticamente tiveram de o ser (Obama esteve muito bem, mais uma vez). As mortes foram causadas pelos esbirros do costume.
A seguir se verá o que vem; mas venha o que vier, tal não apagará da memória o notabilíssimo exemplo cívico destas semanas na Praça da Liberdade.
(foto: Marco Longari, AFP)
(foto: Marco Longari, AFP)
2 comentários:
Inteiramente de acordo, RAA. A força do povo está em potenciar o que o une e não em discutir interminavelmente o que o separa.
O mundo a mudar, assim, é uma emoção e tanto.
ou que, pelo menos, a discussão seja livre
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