Abencerragem

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Melhor é merecê-los sem os ter, / Que possuí-los sem os merecer.

Camões

12 comentários:

rose marinho prado disse...: O Abencerragem sempre emperra quando o acesso. Os outros, não....

Eu queria copiar o aforismo de Camões e acaba q desisti...porque emperra tudo...demora muito.

Deve ser porque tem muita gente e sons...sei lá....; 11:00 da tarde
Manuel Nunes disse...: Depois de toda a festança com as deusas e ninfas da Ilha dos Amores, nada como umas estrofes sisudas para acalmar a ira dos Dominicanos. Arte, arte - a quanto obrigas!; 11:17 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Rose: obrigado pelo aviso. Vou ver o que posso fazer.

Manuel: os dominicanos foram compreensivos e acharam que o céu não bastava para tanto denodo evangelizador...; 11:35 da manhã
Manuel Nunes disse...: Sim, compreensivos graças às ferroadas dadas no poema aos inacianos. Por isso dizia o censor d´Os Lusíadas, Frei Bartolomeu Ferreira, que a "fição dos Deoses dos Gentios he Poesia & fingimento, ficando sempre salva a verdade da nossa sancta fé". Caramba, falar de poesia e fingimento quatro séculos antes de Fernando Pessoa é obra!; 12:54 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Só temos a agradecer ao Magnífico Censor...; 2:19 da tarde
Lina Arroja (GJ) disse...: Nada como Camões para repor o bom senso...:-); 6:23 da tarde
Lina Arroja (GJ) disse...: e reler Agustina!; 6:28 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Os dois bem desassizados, cada um a seu modo...; 7:24 da tarde
Mónica disse...: isso é coisa para 500 anos eheheh hoje mais vale ter o merecer compra-se :DDDD; 9:26 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Mas que cínica, Mónica...; 11:17 da tarde
Mónica disse...: a sério?? :P
divirto-me imenso a comentar blogue tão suculento. peço desculpa santo antero; 11:24 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Muito obrigado, Mónica. Dê-lhe bom uso.; 10:40 da tarde

A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.