quinta-feira, fevereiro 11, 2010

obrigado

Há na História momentos formidáveis, que irrompem na quase imutável longa duração sobre a qual ela se desenrola. Em 45 anos de vida, testemunhei a caminhada humana na Lua, o 25 de Abril e o fim do último império colonial do Ocidente, a ascensão do nunca assaz louvado Gorbachev e a derrocada do Muro de Berlim, o fim do apartheid na África do Sul e a emergência de Nelson Mandela, a eleição do retirante Lula à presidência do Brasil e do académico Obama, um mestiço, à dos Estados Unidos. É claro que nada disto se deve a milagres nem apenas à pura individualidade de excepção que representa(ra)m Gorbachev, Mandela, Lula e Obama, mas, em grande parte, às conjunturas específicas em que cada um operou.
Mandela aí está, do altos dos seus 91 anos, como uma grandeza que só terá tido paralelo, no nosso tempo (?) em Gandhi.
Para um pessimista como eu, é consolador poder não desesperar completamente da natureza humana.

6 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Sinto-me também assim. Também não desesperei completamente.

Ricardo António Alves disse...

Com exemplos destes...

Dalaiama disse...

Pois que haja esperança! :)

Ricardo António Alves disse...

Que haja!)

ana v. disse...

Uma visão redentora dos homens, vizinho. Ou, pelo menos, das suas capacidades inesgotáveis. Eu, que sou uma optimista, gosto de ouvir um pessimista falar assim!
;-)

Ricardo António Alves disse...

Gosto dos optimistas, vizinha :)