Timidez I
Não olhes para mim assim, que não sei que fazer com este corpo, os braços ficam demasiado compridos, os pés tropeçam um no outro, a boca contorce-se num esgar, os olhos aflitos e desesperados com a sua cobardia.
Daqui a nada espeto-me contra a parede mais próxima, ou contra ti.
Timidez II
Não olhes assim para mim, que eu sei muito bem o que fazer com este corpo, pegar-te nas mãos hesitantes, fitar-te a boca atrevida, avançar pelas tuas coxas, encarar os teus olhos pedintes.
Daqui a nada espeto-te contra a parede mais próxima, e avanço para ti.
9 comentários:
Mais cedo ou mais tarde, um deles espeta-se contra a parede. É inevitável...
:-)
Espetanço maior, ai amigas, é esta mal alinhavada prosa!...
Faço votos que a parede não seja de peladour.... oxalá.
..............
A timidez em perspectiva segundo o manual dos sexos, mas quem é quem, não interessa, pois não?
Bj.
Olá Mateso
Ao contrário do que diz o meu perfil, não percebo muito de construção -- mas parece-me que o material em apreço não é muito consistente -- o que acarreta perigos vários
Pois não, não interessa :|
Outro
Uma parede em Pladur é frágil no som e na pancada. Tem a vantagem de se refazer muito rapidamente, ao contrário do tijolo que leva muitas horas e do betão que é para a vida:-)
Ah, então há vantagens :|
A sua prosa parece-me super interessante, RAA!
E é claro que gostaria de ler mais... :)
Obrigado, Ana Paula!
E eu gostaria de escrever melhor... :|
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