Abencerragem: Outros tons - Luís Cília, «Pobre Martinho»

domingo, julho 19, 2009

Outros tons - Luís Cília, «Pobre Martinho»

3 comentários:

Lina Arroja (GJ) disse...: Esta? Gosto imenso do Cília e estes tons são do espaço duma geração:|; 3:44 da manhã
leonardo.verde disse...: obrigado por colocar uma interpretação inédita do Luis Cilia (nunca saiu emdisco).
O Luis não foi colocado no balde do lixo da história porque a história actual se tornou num imenso balde de lixo ao qual o luis ficou de fora. Para ouvir mais e boa música do Luis pode encontrar mais 40 temas no youtube completos e alguns, como este que colocou, inéditos. Bem haja pelo seu blogue ser uma lufada de ar fresco...; 4:03 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Sem dúvida. GJ :|

Leonardo: obrigado palas suas palavras. Eu é que agradeço ter disponibilizado o Cília no YouTube. Ainda bem que ficou de fora da lixeira. Mas não vale a pena matutarmos muito no lixo. O tempo é implacável para os resíduos.; 10:20 da tarde

A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)