UMA COISA INOCENTE
Estendi a mão por qualquer coisa inocente
uma pedra, um fio de erva, um milagre
preciso que me digas agora
uma coisa inocente
Não uses palavras
qualquer palavra que me digas há-de doer
pelo menos mil anos
não te prepares, não desejes os detalhes
preciso que docemente o vento
o longínquo e o próximo
espalhe o amor que não teme
Não uses palavras
se me segredas
aquilo que no fundo das nossas mentiras
se tornou uma verdade sublime
De Igual para Igual
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4 comentários:
Caro Ricardo,
Descobri o teu blog através do misantropo. Parabéns. Vou ser visita diária e com tempo, que o lugar merece.
Quando quiseres algo mais light, visita-me :)
1 abraço e saudades
Obrigado, caro João Vasco. Também te felicito pelo teu blog de grande fôlego.
Um cordial abraço
Vê lá se gostas deste
Para a Maria
Hoje não há silêncio, sombra ou medo
nem sussurros de amantes em segredo.
Hoje regressas e recordo só a estrada,
vestida de vermelho a tua pele dourada.
Podem cair em tom de aviso flores lilazes.
Mas o jardim, as raparigas, os rapazes,
acordam, na dobra desse dia,
a esperança indestrutível da alegria.
Não sei, em verdade, como despes
a memória respirando quando as noites...
Mas sei de nós, os dois surpreendidos
por haver ainda tanto para dar.
Apenas nós, entre a Alma e os sentidos.
E o Amor antes da hora de acabar.
Gostei muito. Obrigado por mo dares a conhecer.
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