Calcorrear o país, conhecê-lo como as palmas das mãos, saber o sabor da terra e perceber que somos como somos porque nos conhece desde a Pré-História, de antes dos lusitanos, das estradas que percorremos na Antiguidade: o Norte atlântico e celta do megalitismo; o Sul mediterrânico e levantino do comércio com fenícios e gregos.
Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, de Orlando Ribeiro -- o maior geógrafo português do século XX --, para além da caracterização das três grandes áreas em que ele dividiu o país, Noroeste atlântico, Norte interior e Sul, com a caracterização dos solos, dos climas, das culturas, das habitações -- e por muito que os anos por ele tenham passado (1.ª edição, 1945), apesar das várias reedições --, para além, dizia, da enorme importância de que se reveste, está admiravelmente escrito, o que faz do livro não apenas uma obra científica, como literária e, portanto, um marco cultural português, cuja leitura continua a ser altamente recomendável.
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