terça-feira, novembro 23, 2010

já percebemos os "mercados"

Os "mercados" não vão descansar enquanto não sugarem o que puderem, já se percebeu. Do que precisamos, Portugal, Europa, é de políticos à altura das circunstâncias; não de gente pequena, de pequenos políticos nem de tecnocratas que se limitam a constatar o problema («é assim, estamos em capitalismo, são os "mercados", basta de palavreado»...). Sim, basta de palavreado acocorado e parta-se para a acção. E a acção tem de ser política e institucional, envolvendo a União Europeia -- se queremos salvar a União Europeia e não recuar décadas no que se adquiriu politica e civilizacionalmente, que é algo que estas mentes vesgas e torpemente merceeiras não percebem.

7 comentários:

A disse...

Subscrevo!

Ricardo António Alves disse...

Acabei de ver o «Inside Job», estou com o estômago às voltas.

Dalaiama disse...

Muito bem expresso, meu amigo, dá gosto ver nas teclas dos outros aquelas que seriam as nossas palavras. Além de nos sentirmos representados, poupa-nos o trabalho :)

Dalaiama disse...

É verdade, ia me esquecendo de lhe agradecer o facto de ter sentido boas vibrações quando deparou com a dupla de pássaros grandes que deixei ali numa casa de electricidade no Monte Estoril. Na verdade, sempre achei que todas as manifestações artísticas são como as caligrafias, sensíveis ao que sentem os seus autores no momento em que são expressas. Deste modo, procuro encontrar em mim as melhores emoções para as transmitir no momento em que intervenho na rua. O espaço público não é só meu, aliás, sou minoritário nessa posse, porque há muitas mais sensibilidades para além da minha que se cruzam com as intervenções, portanto, na medida do possível, há que respeitar todos esses olhares. Esses miúdos que andam por aí de latas na mão e raiva na mente acabam por sujar a cidade, e sente-se claramente, nesses casos, a desarmonia que as suas almas vivem e a falta de sintonia e até desrespeito para com os demais cidadãos. É verdade que procurar consensos é sempre difícl, mais ainda num campo tão movediço como o das artes, mas ouso, com a humildade inevitável, ao menos produzir imagens que, se não agradam a todos, ao menos não ofendam ninguém. Daí a minha alegria e gratidão por saber que há quem se cruze com os Dalaiamas espalhados pela cidade e filtre neles as boas intenções de uma Paz amiga. Afinal, procurar pintar com a luz do coração parece produzir resultados :) Obrigado. Bem haja :)
Felicidades!

Ricardo António Alves disse...

Eu é que lhe agradeço muito o seu trabalho e a forma como a ilumina.
Um forte abraço!

Mónica disse...

mto boa a expressão "palavreado acocorado" ;P

Ricardo António Alves disse...

acocorado e interesseiro