SÓ TU
Nas noites longas, em que a lua passa
No céu, como uma Ofélia opalescente,
Enchendo a terra de fulgor e graça
E arrebatando a alma a toda a gente;
Nessas noites de luz dorida e baça,
Noites de placidez e mágoa algente,
Uma rede de sonhos me embaraça
E eu tenho que sonhar, forçosamente.
Eu tenho que sonhar!... Mas em que sonho?
-- No teu aspecto angélico e risonho,
No teu pranto e tua voz, ó minha Mãe!
Só a tua boca, em sonhos, me sorri.
É em ti que eu sonho... E, não sonhando em ti,
Também não sonho em nunca mais ninguém!
Sonho Azul / Líricas Portuguesas. 2.ª Série
(edição de Cabral do Nascimento)
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2 comentários:
Gostei muito do blog, continuem :)
passem também pelo nosso temos um manifesto para tentar baixar os preços da internet.
:)
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