Abencerragem: Infortúnios da virtude

sexta-feira, março 17, 2006

Infortúnios da virtude

David Cronenberg,
A History of Violence
categoria: filmaço

4 comentários:

João Villalobos disse...: O trailer cativou-me e estou muito curioso para ver o filme. A cara do Ed Harris sem um olho está de autêntica BD a la Frank Miller :); 11:23 da manhã
Papo-seco disse...: O Cronenberg é mum dos meus realizadores de culto; 2:18 da tarde
Ricardo António Alves disse...: O Mortensen vai muito bem, como todo o cast; mas parece-me um pouco exagerada a nomeação do W. Hurt para o Oscar.
Falhei o «Crash» no cinema, o que me ficou atravessado; em compensação, na minha memória cinéfila está bem presente o quase chilique que tive ao ver «A Mosca» numa sessão da meia-noite...
:|; 6:17 da tarde
zazie disse...: é um grande filme! já não tem aquelas dificuldades de montagem e narrativa como tinha no tempo da mosca. Tudo muito depurado e perfeito. E mantem o humor negro que eu tive um ataque de riso numa dessas habituais situações à BD

Fico à espera que se pronunciem sobre a banda sonora do Howard Shore que também me parece do mais conseguido.; 3:28 da manhã

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.