sexta-feira, julho 15, 2005

A SELVA como expressão das ideias libertárias de Ferreira de Castro (8)

Os olhos inexperientes não encontravam referência nestas margens aparentemente sempre iguais, na vegetação que se repetia, senão na espécie, no entrançado, despersonalizando o indivíduo em prol do conjunto, único que ali se impunha. Cada curva se parecia com outra curva, cada recta com a recta antecedente; onde não exisitia barraca ou cidade, o espírito quedava-se, perplexo, a formular a pergunta íntima: «Já passei aqui ou é a primeira vez que passo aqui?»

Cap. III, 32ª ed., pp. 57-58

Nota: abordagem de um tema fundamental, o da importância do indivíduo em face do colectivo.

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