DE CORPO INTEIRO
Para o Eduardo Lourenço
Era só não amar que não podia
o rio certas cidades ruas a infância
e a espanha de george orwell e outra frança
línguas mortas e estrelas que nasciam
despedaçado em quantas não sabia
partes de si de corpo inteiro ou campos
onde o mundo flutuava ao fundo e em branco
de novo na distância desabrida
que os dias idos sem fim iam rasgando
de regresso à sua frente enquanto havia
em cada rio sempre outra encruzilhada
lá onde morria o seu amor de tanto
querer sem resto arder em quanto amasse
pois era não amar que não podia
O Mar a Bordo do Último Navio
Para o Eduardo Lourenço
Era só não amar que não podia
o rio certas cidades ruas a infância
e a espanha de george orwell e outra frança
línguas mortas e estrelas que nasciam
despedaçado em quantas não sabia
partes de si de corpo inteiro ou campos
onde o mundo flutuava ao fundo e em branco
de novo na distância desabrida
que os dias idos sem fim iam rasgando
de regresso à sua frente enquanto havia
em cada rio sempre outra encruzilhada
lá onde morria o seu amor de tanto
querer sem resto arder em quanto amasse
pois era não amar que não podia
O Mar a Bordo do Último Navio
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