«No olhar, dilatado e teimoso, duma secura inflamada e vítrea, fulgurava a obstinação dum desejo; ao passo que na boca a brasa do charuto, numa febre de pequeninos movimentos bruscos, denotava que os lábios e as maxilas eram nervosamente sacudidos por uma forte preocupação animal.» Abel Botelho, O Barão de Lavos (1891).
«Ouvi chamarem-lhe santo homem, com unção e humildade; mas ouvi também minha avó, de lágrimas nos olhos e ódio na boca, amaldiçoá-lo por mais de uma vez, como se dum tirano falasse.» Alves Redol, Barranco de Cegos (1961)
«Os acontecimentos se amarrariam uns aos outros -- uns puxando os outros -- através do confuso turbilhão das noites e dos dias.» José Eduardo Agualusa, A Conjura (1998)
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