Poesia elegante e culta, de uma altivez que não se confunde com soberba, antes bordão para as encruzilhadas e passos em falso da existência, sempre condenada ao fracasso do fim.
um poema
DA DENSIDADE E DA TRANSPARÊNCIA
Vai-se formando de tudo a densidade
mãos que apertamos olhos fulvos
que algum dia se entornaram verdes
e de tão verdes anémonas sem fundo.
E de tudo também a transparência
em breves segundos se insinua
como aqueles corpos que fugindo
o nosso olhar e desejo desabitam.
Em desafio ao sol a todas as estrelas
numa ronda de encontro e despedida
vai a roda da vida nos passando.
Por mais vigilantes e atentos ao acaso
algo de nós foge com a única promessa
de a luz que vemos não acabar nunca.
José Carlos González, Biofonia seguido de Astrolábios e A Mão Imediata, 2000 (?)
um poema
DA DENSIDADE E DA TRANSPARÊNCIA
Vai-se formando de tudo a densidade
mãos que apertamos olhos fulvos
que algum dia se entornaram verdes
e de tão verdes anémonas sem fundo.
E de tudo também a transparência
em breves segundos se insinua
como aqueles corpos que fugindo
o nosso olhar e desejo desabitam.
Em desafio ao sol a todas as estrelas
numa ronda de encontro e despedida
vai a roda da vida nos passando.
Por mais vigilantes e atentos ao acaso
algo de nós foge com a única promessa
de a luz que vemos não acabar nunca.
José Carlos González, Biofonia seguido de Astrolábios e A Mão Imediata, 2000 (?)
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