Um grande aplauso ao PSD e ao CDS, que, sem pudor, continuam a bater-se pelos negócios particulares.
Pode não haver dinheiro para a saúde, para a escola pública, para o património histórico e para os museus; pode abater-se no subsídio de desemprego, e encurtar a sua duração, mesmo que se tenha quarenta ou cinquenta anos; pode roubar-se à vontade nas reformas e cortar no subsídio à preguiça, o RSI ou Rendimento Mínimo Garantido, porque haverá sempre um qualquer banco alimentar (ou um banco de esmolas) para matar a fome aos pobrezinhos. O que seria dos bancos alimentares desta terra, não fossem os pobrezinhos?; das voluntárias e voluntários de sacristia, não fossem os pobrezinhos? São os pobrezinhos que lhes dão um sentido para as suas vidas, como sucede com a "Mónica", do conto da grande Sophia de MBA.
Voltando aos colégios: os cidadãos -- em regra tão atentos ao porta-moedas -- não deixarão de levar em conta esta grande causa por que se batem Passos e Cristas:
a de os impostos daqueles que pagam impostos efectivamente, servirem para custear uma escola pública com salas vazias e também financiar dono do colègiozinho ao lado, para não haver um retrocesso, diz Passos (ahahah, a lata destes tipos!...), talvez retrocesso civilizacional.
Continuem!, sim, continuem!...
Mas que diabo! Não foram só os meus filhos a frequentar um colégio em que eu pagava, sem outra ajuda senão a de familiares, em alturas mais apertadas, ao mesmo tempo que com os meus impostos contribuía, e assim é que tem de ser, para a escola pública, que a quero de qualidade em todo o país. Eu próprio frequentei o melhor colégio do meu concelho, que também é um dos melhores do distrito, e do país, a Escola Salesiana de Santo António, mais conhecida pelos Salesianos do Estoril. Alguma vez o Estado contribuiu para isso? Era o que faltava então, era o que faltava agora!
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