sexta-feira, outubro 24, 2008

Da morte em vida

Eu digo-te como é a cara dos
que sofrem muito, aqueles
que as tuas lágrimas não
salvam e haviam já
morrido quando
deste por eles.

É a cara da
surpresa pelo
limite do
suportável da
existência há
muito passada -- e
eles vivem, sem
querer viver, contra
eles vivem e
nós miramos de
longe o rosto
da dor a
máscara da
desesperança a
morte em vida.

4 comentários:

claras manhãs disse...

E é um horror, por não se conseguir socorrer todos.

Ricardo António Alves disse...

...como não houve ninguém a socorrê-los, ou como puderam ser impotentes para o fazer...

Ana Paula Sena disse...

Uma poesia forte, RAA!

Parabéns! :)

Ricardo António Alves disse...

Espero que sim, Ana Paula.
Obrigado :|