Se foi nos reinados de Afonso V e João II que o solar teve a sua melhor época de galas, todos sabemos que nesses tempos rudes era coisa rara a decoração fixa das casas, que se armavam de panos, e poucos móveis, salvo alguma residência excepcionalmente sumptuosa, que não seria fácil topar no coração desse áspero Alentejo, onde sempre chegaram tarde (ou não chegaram) os agasalhos e modas da vida confortável -- à uma, pela dificuldade de comunicações e distância dos grandes centros, à outra, pelo caracter adusto das gentes, e sua sobriedade ríspida, que tanto as aproximam dos árabes de Marrocos, seus muito próximos parentes.
Em Alvito, o Castelo
4 comentários:
Li Fialho de Almeida, mas foi há muitíssimo tempo e confesso, que não tenho ideia nenhuma do que li.
Dele guardamos, pelo menos, o estilo opulento e a verrina...
Com muito estilo, sem dúvida! Também não me recordo onde li, mas li...
Gostei das imagens do áspero Alentejo!
E eu do parentesco marroquino, Ana Paula, inegável, pois está(-nos) na cara...
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