Fartei-me de ler hoje, nos jornais e nos blogues, que este repúdio pelo outdoor é contraproducente, etecetera e tal. José Manuel Fernandes, no Público, escreve que o "homem da barbicha" (o dirigente do grupúsculo) está a ser promovido com o alarido; e diz que os que discordam do racismo e da xenofobia devem fazer pedagogia nos lugares públicos, lá onde está o povo que até aceita muito bem este tipo de mensagem. Estou a imaginar...
A questão é esta: visibilidade conseguiu-a ele, e não foi pouca, pela sua habilidade e pela conivência ou estupidez burocrática da Câmara de Lisboa; não se pode pedir que ao insulto gravíssimo se reaja com falinhas mansas ou burocratez de magistrado.
E depois, as sociedades abertas e liberais não podem tolerar organizações políticas que a ponham em causa, sob pena de se suicidarem: aconteceu na Alemanha nos anos 30, aconteceu no final do século na Argélia.
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