A SEDE DO GADO
Pernoitou nos arrabaldes de uma cidade estranha
e reviu sem gosto o princípio da matéria dada,
escuma de lembranças em licitação de salvados
e versos que mal dobravam a mágoa,
poucos, rasteiros, à boca do solo relidos
com a gratidão de quem recorda mão mais firme
e postura que se tingiu de barro, como neve de dois dias.
Viagens mal ensinadas: o caminheiro descansa no albergue,
o cavalo que suou a insensatez da jornada morde, contrito,
a aveia e o receio de partir tarde. Soam no alpendre
os passos do cão da casa. Fareja a pequenez de tal destino,
desarrumar os livros, com a paixão e os enganos
do seu caminho, talvez um dia, que esteja perto,
a vida escolha de se acolher no desabrigo de versos lidos.
O que Vai Acontecer?
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