A António Cértima
Vencido. Na esplanada reflorida
A tarde cai maravilhosamente.
Respira a custo o meu pulmão doente
As implacáveis contracções da Vida...
Ergue a batalha de astros na partida,
Oh Sol do império! Olímpico regente!
Mostra que és grande, generoso, ardente,
Cura a minh'alma tão desiludida!
Noite violácea. Pétalas no ar...
Céu de Veneza. Aroma azul do luar...
Corta o espaço um aeroplano altivo...
Nesta obsessão terrível, neste cúmulo
De tédio e de infinito, entro no túmulo,
Com indolências de rajá passivo!...
Setembro de 1923.
Obra Poética
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