Já tem dias, mas não quero deixar passar. Sou um fã de Telmo Correia, acho que é um estrénuo comentador do SLB e oiço sempre com prazer, no carro, no programa «Grandes Adeptos», da Antena 1, muito melhor e mais divertido que os estendais televisivos da grunhice. E até costuma fazer-me sorrir, pela forma como pica os tipos do FCP e do Sportém. Não é pois o Telmo Correia adepto do Glorioso, mas o político (está a ficar-lhe tão bem, o Chega, é ver o sorrisinho alvar do quarentenado das traseiras).
A Joacine Katar Moreira chega para três telmos, não precisa de defesa. Mas o incidente que o nosso adepto quis levantar com velhacaria foi a tal história de a bandeira portuguesa ter sido colonialista. Pois o Telmo deveria saber que até ao 25 de Abril não foi ela outra coisa. Colonialista, representando tudo o que de asqueroso o colonialismo encerra. -- desde que podemos começar a falar de colonialismo, sem anacronismos analfabetos ou ideologicamente contaminados, claro. A História não é para amadores.
Por outro lado, há aqui uns herdeiros do Estado Novo que me fatigam. Então Portugal não era do Minho a Timor? Não eram os fulas os os macondes tão portugueses quanto os transmontanos e os algarvios? Decidam-se, pá; façam movimentos para salvar os nossos compatriotas à beira-Limpopo da opressão de serem governados por si próprios, caramba!
Por outro lado, há aqui uns herdeiros do Estado Novo que me fatigam. Então Portugal não era do Minho a Timor? Não eram os fulas os os macondes tão portugueses quanto os transmontanos e os algarvios? Decidam-se, pá; façam movimentos para salvar os nossos compatriotas à beira-Limpopo da opressão de serem governados por si próprios, caramba!
2 comentários:
Desculpe, Ricardo. Colonialista? Coitada da bandeira.
A bandeira, que eu saiba, não pensa, não age, nem, sequer, consegue reagir...
Fica onde a põem: democratas, colonialistas, fascistas, republicanos, heróis, vilões...
Era o que faltava, o símbolo nacional ter dono!
Caríssimo, para os povos ocupados, a nossa bandeira era um símbolo do colonialismo, há que assumi-lo sem grandes problemas -- é a História...
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