Abencerragem: figuras de estilo

sábado, julho 10, 2010

figuras de estilo

O pequeno recordava também, com frequência a sua frase ingénua de infância: «-- Porque há terras alumiadas e a nossa não? À noite, Deus não nos vê!» José Marmelo e Silva

Adolescente Agrilhoado

2 comentários:

Manuel Nunes disse...: Gostei muito do livro. Um escritor infelizmente esquecido, de certa forma como Ferreira de Castro, Aquilino, Raul Brandão. A indústria do livro está hoje mais interessada em promover esses escritores que são directores de revistas, jornalistas, figuras facilmente reconhecíveis pelo grande público. Não nego valor a alguns, embora estejam a grande distância dos citados.; 12:31 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Viva, meu caro! Foi uma bela sessao do nosso Clube de Leitura, e verdade...
Ainda não li nenhum desses, embora tenha curiosidade em relação a alguns deles (Rodrigo Guedes de Carvalho, Pedro Pinto e poucos mais -- o Sousa Tavares parece-me ser, apesar de tudo, um caso a parte/.
Mas, como se costuma dizer, e acertadamente, o tempo e implacavel; no fim, so fica o melhor (onde estão os prosadores contemporâneos do Brandão, do Aquilino ou do Castro? Praticamente, não estão, o que não deixa de ser significativo.../
(como reparou, estou sem acentos, bem como parenteses a direita.../
Um forte abraço.; 5:10 da tarde

Enviar um comentário

A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)