O BALOIÇO
Na minha quinta, em pequeno,
Tive um inquieto baloiço
Que ainda o vejo sereno
E nele os meus gritos oiço.
Longas horas baloiçava
Meu frágil corpo menino.
E ora subia ou baixava
Num constante desatino.
Nesse baloiço, à distância,
Chama por mim minha infância
E eu chamo p'lo que passou.
E sem haver quem me oiça
O baloiço me baloiça
Entre o que fui e o que sou.
A Lenda do Rei Boneco / Líricas Portuguesas - 2.ª Série
(edição de Cabral do Nascimento)
quinta-feira, julho 06, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário