terça-feira, março 14, 2006

Memória

nunca escrever
lábio a lábio
ou sílaba a sílaba
nem
rente ao que quer que seja
nunca falar
das zínias
e das tílias
(e agora também do hibisco)
fugir
do levedar
e do lêvedo

28-V-2003

4 comentários:

Maria Noronha disse...

zínia - aí está uma palavra que eu não ouvia desde a infância. é boa a sensação:)e bonito o poema

Joana disse...

Talvez me possa ajudar, porque ando a tentar encontrar este poema ha muito tempo. No fim do filme Recordacoes da casa amarela ha alguem que recita um poema que acho que se chama o rouxinol e e do Guerra Junqueiro. Nao sabe nada a este respeito?

Ricardo António Alves disse...

Obrigado, Maria.

Lamento, Joana, mas não posso ajudá-la. Fui ver a minha exígua junqueiriana caseira e, poemas com nome de pássaro, só encontrei «O Rouxinol», de «A Velhice do Padre Eterno». Talvez na «Musa em Férias» ou nos «Simples»...
Disponha.

Joana disse...

:-)
eu hei-de dar com ele