O ponto de vista de Ferreira de Castro sobre os futuros seringueiros, recrutados, como vimos, no sertão brasileiro: gado.
O narrador faz com que ouçamos a conversa de Balbino com os seus botões: «Que diria Juca Tristão, que o tinha por esperto e exemplar, quando lhe aparecesse com três homens a menos no rebanho que vinha pastoreando desde Fortaleza?» (p. 29)
Esta analogia, de resto, já estava bastante presente no romance anterior: Emigrantes (1928). Rebanho é designação frequente para os que se expatriam em busca de melhores condições de vida; curral flutuante, os barcos -- ou melhor: a terceira classe desses barcos que os transportam ao continente americano.
Também aqui temos o rebanho: obediente e receoso ou confiante, a maioria; vivaços alguns, que passam a perna a quem lhes pagou a a deslocação para a cidade. Alguns desses que agora descrevo como pusilânimes ou ingenuamente esperançosos, alguns, mas poucos, tomarão atitude idêntica já no seringal, quando o horizonte de fuga não se apresentar como a cidade grande, mas a brenha selvagem.
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