Abencerragem: agradecia

quinta-feira, dezembro 03, 2009

agradecia

Se me derem uma alternativa à decisão tomada por Obama de enviar mais tropas para o Afeganistão, para tentar sair de lá o mais rápido possível, agradeço.

4 comentários:

Teresa Santos disse...: Há decisões bem dificeis de tomar! O envio de mais tropas vai acelerar a resolução do conflito?!; 6:47 da tarde
Ricardo António Alves disse...: A resolução... -- prevejo-a mais difícil que a do eterno conflito israelo-palestiniano.
A opção é simplesmente: a debandada ou a contenção de danos. Aqui o papel da vizinhança é fundamental: a saber o Paquistão e o Irão, para falar apenas nos dois mais óbvios. O Paquistão, potência nuclear, está em pré-guerra civil; o Irão faz-se caro, e faz valer as suas pretensões nucleares. Há depois um contexto geo-político mais vasto e intrincado que está para além das minhas possibilidades aqui na caixa de comentários: Índia, China, Rússia, Turquia, Israel, Síria, Iraque, Nato... Isto para não falar dos condicionalismos internos com que o Obama tem de lidar.; 12:41 da manhã
Lina Arroja (GJ) disse...: Concordo. A contenção de danos, neste caso vidas. Mesmo que seja com pézinhos de lã.; 2:11 da manhã
Ricardo António Alves disse...: Não é nada fácil, nem certo.; 1:47 da manhã

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.