Fast Company, de David Cronenberg, Canadá, 1979 («David Cronenberg Retrospectiva»). Se eu não soubesse, e me dissessem que o filme era do Cronenberg, eu iria ali e já voltaria... O mundo louco e perigoso das corridas de dragsters, uns carros insanos que eu tinha na minha colecção da Matchbox + miúdas boazudas, estão a ver? Mas fascínio pelas máquinas e pelo insólito d(n)elas, está lá.
Flickan, de Fredrik Edfeldt, Suécia, 2009 («Em competição»). Uma rapariga (flickan) de dez anos é deixada nas mãos de uma tia tonta e irresponsável porque os paizinhos vão ajudar em África, na cooperação. A tonta da tia pisga-se com um namorado e a miúda fica entregue a si própria, uma casa vazia no campo, mas vizinhança não hostil. É um filme melancólico, de grande intensidade poética. A pequena actriz é luminosa, duma beleza de retábulo flamengo. A música e a fotografia são esplêndidas. Por mim, era um dos que podia ter ganho a competição; obteve uma menção especial do júri.
Felicia Inaiante de Toate, de Melissa De Raaf e Razvan Radulescu, Roménia, Bélgica, França, Croácia, 2009 («Em competição»). «Felícia, antes de tudo». Antes de mais, uma actriz fantástica: Ozana Oancea no papel da filha solícita e responsável, a viver na Holanda, no período de férias anuais de visita à família, que cria dependência dela -- mais emocional que material -- sufocando-a com as suas exigências. Insuperável está a mãe, autêntico pain-in-the-ass, interpretada brilhantemente por Ileana Cernat. Recebeu o «Prémio Cineuropa».
2 comentários:
Obrigada pelo testemunho, RAA.
Realmente, o Cronenberg começou logo a fazer filmes algo estranhos :)
Não vi este filme, mas pelo videoclip fica claro esse tal fascínio pelas máquinas.
Os carrinhos Matchbox! As boas lembranças que me trouxeram...
Quanto aos outros dois filmes, fico com pena de não os ter visto. As suas sinopses fazem deles objectos cinematográficos bem interessantes.
Um abraço
Outro, Ana Paula.
Obrigado pelo interesse, mais uma vez.
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