domingo, dezembro 13, 2009

O meu Estoril Film Festival -- de A a T (11 e final)


Spider, de David Cronenberg, Canadá, 2002 («Retrospectiva David Cronenberg»). Ralph Fiennes num papel soberbo dum esquizofrénico que carrega o peso dum passado obsidiante. Outro grande filme de Cronenberg. El Sur, de Victor Erice, Espanha e França, 1983 («Cineastas raros»). O Sul é a Andaluzia, imaginada do Norte de Espanha por Estrella, a filha dum casal de opositores ao franquismo; o Sul terra dos avós, reaccionários, e duma velha paixão lá deixada. O filme participa da mesma quietação angustiosa que vimos em «Alumbramiento»* essa jóia dum cineasta raro que pudemos conhecer no Estoril.

Tetro, de Francis Ford Coppola, EUA, Itália, Espanha, Argentina, 2009 («Fora de competição»).Não sei se «Tetro» ficará na filmografia de Coppola* como um dos seus pontos mais altos. Um grande filme é sempre um grande filme, mesmo quando o realizador se chama Francis Ford Coppola e tenha assinado «O(s) Padrinho(s)», «Apocalypse Now», «Do Fundo do Coração» ou «Drácula». O que sei, é que é um filme arrebatador -- do tema ("todas as famílias têm um segredo") à opção pelo preto-e-branco, dos actores (desde logo, Vincent Gallo e Maribel Verdú) à música e à cidade de Buenos Aires, onde a maior parte da acção decorre. De todas as novidades do festival, provavelmente aquela que mais tenho vontade de rever.

2 comentários:

Ana Paula Sena disse...

O Tetro ainda vou ver. Tenho grandes expectativas, confirmadas aqui pelo Ricardo. Só pelo trailer, também já fiquei cativada.

O Spider é tão estranho quanto bom. Vi-o, entretanto, em DVD.

Obrigada, RAA :)

Ricardo António Alves disse...

Um abraço, Ana Paula :|