Candy Mountain, de Robert Frank e Rudy Wurlitzer, EUA, 1988 («CinemART»). Um ciclo dedicado ao suíço-americano Robert Frank, cuja filmografia desconheço. «Candy Mountain» será talvez o menos representativo do realizador, a fazer fé no Catálogo, que o apresenta como «uma incursão do[s] realizador[es] no cinema mais narrativo.» Trata-se, com efeito, de um road movie que conta a história de um músico medíocre lançado na senda de Elmore Silk, um mítico construtor de instrumentos de sonoridade inigualável, uma espécie de Stradivarius da guitarra eléctrica. Refira-se a aparição, em pequenos papéis, de Joe Strummer, Tom Waits e Dr. John.
Competição - Vi dez dos 12 filmes a concurso. De fora, infelizmente, ficaram a co-produção franco-belga «La Famille Wolberg», de Axelle Ropert, e o romeno «Politist Adjectiv», de Corneliu Porumboiu.
Coppola, Francis Ford - Um grande mestre de extrema afabilidade para um público que enchia o auditório do Centro de Congressos do Estoril para o ver e ouvir. Confiante no futuro do cinema, visionou como um dos futuros possíveis deste uma espécie de arte performativa, em que o realizador exibe o seu filme em cada sessão, que nunca será exactamente igual. Como um concerto dos Rolling Stones: uma estrutura comum e pequenas variações de espectáculo para espectáculo.
1 comentário:
Parece-me muito interessante esta perspectiva do Coppola, acerca do futuro do cinema.
[com muita pena de não o ter visto em pessoa]
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