Duas Mulheres, de João Mário Grilo, Portugal, 2009 («Em competição»). Não percebo porque raio se faz um filme para contar uma história banalíssima, cheia de lugares-comuns. Não há paciência para o
banqueiro beato e sem escrúpulos, a mulher mal casada e mal comida, a call girl prostituta porque gosta de ganhar num dia o que não ganharia num mês se fosse caixa de supermercado. Lamento, mas é tudo muito fraquinho. Salva-se os belos planos do Tejo e Lisboa, o pequeno papel de Nicolau Breyner* e a música de Wagner Tiso.
Eastern Promises, de David Cronenberg*, Canadá, EUA e Reino Unido, 2007 («Retrospectiva David Cronenberg») O que João Mário Grilo quis mostrar em «Duas Mulheres»* («o sentido predador das pessoas», pág. 37 do Catálogo), conseguiu-o plenamente Cronenberg neste filme. O meio é o da máfia russa, o cenário, Londres; Viggo Mortensen faz um papel do outro mundo como homem de mão do chefe mafioso, embora seja agente infiltrado, necessariamente dúbio. Nunca se sabe qual a sua verdadeira fidelidade, e o filme, no final, deixa-nos nessa suspensão. Um filmaço.
Eastern Plays, de Kamen Kalev, Bulgária e Suécia, 2009 («Em competição»). Um filme dum certo mal-estar balcânico e pós-comunista, as tensões étnicas entre búlgaros e turcos, uma perspectiva apesar de tudo esperançosa na possibilidade de comunhão, para além das divisões e das crises económicas, políticas e sociais de conjuntura.
Eastern Plays, de Kamen Kalev, Bulgária e Suécia, 2009 («Em competição»). Um filme dum certo mal-estar balcânico e pós-comunista, as tensões étnicas entre búlgaros e turcos, uma perspectiva apesar de tudo esperançosa na possibilidade de comunhão, para além das divisões e das crises económicas, políticas e sociais de conjuntura.
2 comentários:
Tenho que ver o Eastern Promises.
Obrigada por toda a informação e testemunho, RAA :)
Não perca, Ana Paula.
Obrigado também pela sua atenção :|
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