UMA CANÇÃO DA PRIMAVERA
Nesta flor sem fruto que aspiramos
Eu vejo coisas que ninguém descobre:
Descubro o grão, o caule, os ramos,
E até o sulfato de cobre.
E ainda vejo o que ninguém mais vê:
Vejo a flor a desenhar-se em fruto.
E quer ela o dê, quer não dê,
É esse o fim por que luto.
Coimbra, 24.XI.949
No Reino de Caliban II
(edição de Manuel Ferreira)
domingo, novembro 29, 2009
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2 comentários:
Ora essa, que seca!?)
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