Como homem culto e moderno, não deixo de ver eu mesmo a tontaria, o ridículo, o grotesco, de hábitos e crenças que os mais dos homens cultos e modernos assimilarão a puras superstições de primários. O certo, porém, é que algo de muito fundo em mim, de muito obscuro ou íntimo por enraizado em zonas que se esquivam aos nossos raciocínios e observações, -- algo que sinto independente de quaisquer influências externas -- protesta contra essa interpretação.
Confissão dum Homem Religioso
3 comentários:
Sempre a mesma divisão entre ele e o outro. Acreditar e não acreditar. Desejar ter fé e recusá-la por imperativo da razão.
Não situei no contexto, mas deve andar à volta disto.
Ricardo, querido, eu sempre quis acreditar em algo, jamais consegui. Mas não sou uma militante. Apenas não consigo acreditar. Admiro muito quem consegue. :)
Um beijo!
Manuel: o que mais me impressiona neste grande livro póstumo do Régio é precisamente a sua desnudez confessional. É um dos meus livros preferidos, dele e não só.
Marie: Também eu não creio; e não sei se admire ou inveje quem crê :|
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