4.º MOTIVO DA ROSA
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verás, só de cinza franzida,
mortas intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos,
ao longe, o vento vai falando em mim.
E por perder-me é que me vão lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
Mar Absoluto / Antologia Poética
(desenho de Arpad Szenes)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Meu querido, lá nas minhas "Letras", publiquei este lindo poema de forma diferente, com minha voz de rinite. Não foi a melhor homenagem à Cecília, mas ele tem tanto significado para mim que resolvi declamá-lo. Eis o linque (só não se assuste. :P):
http://asletrasdasopa.blogspot.com/2008/11/rosa.html
Beijos e obrigada por me emocionar...
Obrigado, Marie, vou já ouvir :|
Poema lindo, como tudo da Cecília Meireles!
É verdade, Ana Paula.
Enviar um comentário