quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Antologia Improvável #357 - Bernardo de Passos

O BAILARICO

P'las tuas mãos bebi água,
Mas vê que coisa, Maria!
A minha sede aumentava
Quanta mais água bebia

A minha sede aumentava,
Cada vez era maior,
Que a água não mata a sede,
quando essa sede é de amor.

Truz que truz, bati à porta,
Já meia noite era dada.
E a neve sempre a cair,
E a porta sempre fechada.


Adeus... / Obra Poética
(edição de Joaquim Magalhães)