sexta-feira, outubro 17, 2008

Antologia Improvável #335 - Artur do Cruzeiro Seixas (3)

Cada poema
cada desenho
são os marinheiros que navegaram na minha cama
são uma revolução não só gritada na rua
são uma flor nascendo nos campos
e é o luar e a sua magia
e é a morte que não me quer
e é UMA MULHER
surpreendente como um marinheiro
luminosa como a palavra REVOLUÇÃO
tão natural como o malmequer
tão metafísica como o luar
tão desejada como a morte hoje
A MINHA MÃE
infinita e profunda
como o mar.



Obra Poética I
foto: Círculo Artur Bual

4 comentários:

Ana Paula Sena disse...

Belo poema!

Excelente para inspirar o fim-de-semana! Que espero seja óptimo por aí... :)

Ricardo António Alves disse...

A poesia do Cruzeiro Seixas foi uma das melhores revelações que tive nos últimos anos. É um excelente poeta.
Para si também um óptimo fim-de-semana. :|

Anónimo disse...

Á muito tempo que ando à procura deste belo pintor que tanto me inspira e que tanto me identifico. Qualquer das formas nunca o conheci, mas gostava muito de lhe perguntar algumas coisas. Alguém pode me ajudar a saber como chegar a ele.. um contacto ou mail?

Ricardo António Alves disse...

Soraia, experimente contactar a Sociedade Portuguesa de Escritores. A Quasi, que publicou os seus livros de poesia, creio que já não está em actividade.