Quando chegamos à sombra da nogueira grande, parto duas melancias, que abrem a sua neve escarlate e rósea num estalido longo e fresco. Saboreio a minha lentamente, ouvindo, ao longe, as vésperas da aldeia. Platero bebe a carne de açúcar da sua, como se fosse água.
Platero e Eu
(tradução de José Bento)
5 comentários:
É um óptimo livro! :)
Uma ternurinha, o Platero de Jiménez.
É verdade, Ana Paula e Estrelícia. Só podia ter sido escrito por um poeta. :)
É das coisas mais bonitas que tenho lido... de uma ingenuidade nada ingénua, de uma ternura (sim!) muito ternurenta, com sensações tão palpáveis que, ao ler isto, fiquei com desejos de melancia. Talvez seja simpatia para com a cara-metade, essa sim em estado de ter ânsias tais! Abraço.
...além disso, está muito calor -- ficamos todos com ânsias de melancias, gestantes ou não :)
Um abraço a ambos.
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