sexta-feira, junho 13, 2008

O não da Irlanda

É impossível, e indesejável, avançar sem a Irlanda, apesar das advertências de Napolitano. Como não parece que a Irlanda queira abandonar a União, para já só vejo duas possibilidades de contornar o problema: a mais simples, que passa a breve prazo por um novo referendo, com outro resultado. A segunda, que significaria uma refundação da UE -- e terá de ser forçosamente liderada pela Alemanha, França e Itália --, implicará um referendo generalizado, em que cada estado deverá assumir a sua responsabilidade. É arriscado, mas talvez mais desejável do que o prolongar da situação existente, que conduzirá à agonia da União.

10 comentários:

O Réprobo disse...

Juras? Mas que grande argumento para me fazer adepto do prolongamento da situação existente!
Abraço

Ricardo António Alves disse...

Preferiria que não tivesses esse gosto, ó IC, e estou pessimista. A União, tal como a entendemos, não sobreviverá ao mero utilitarismo dos seus membros.
Ab.

estrelicia esse disse...

Também acho que é prematuro avançar sem a Irlanda. Um referendo generalizado pelo menos teria a vantagem de clarificar e revelar o ponto de evolução da consciência europeia em cada país membro. Se é que ela existe. E se existe, onde e em que quantidade.

O Réprobo disse...

É a primeira vez que oiço chamar utilitarismo à Honra.
Ab.

Ricardo António Alves disse...

Não estou a ver como pode prosseguir a integração com regras pensadas para seis ou doze estados. Ou a situação da Irlanda é resolvida ou se refunda a União Europeia. É claro que fazem falta estadistas europeus, que como sabemos não abundam.

Oh, meu caro!, é isso mesmo o que vejo quando olho para o não da Irlanda: Honra... E também para o nosso não doméstico: do PCP e do BE até àqueles rapazes honrosos do NRP, ou lá o que é: Honra, pois claro.
Ab.

O Réprobo disse...

Onde está a dúvida?
E não pertenço a qq desses horrores.
Ab.

Ricardo António Alves disse...

Como sucede nos outros países, ó IC, a generalidade dos eleitores irlandeses rege-se pelos seus interesses, ou o que julga ser os seus interesses.
Ab.

O Réprobo disse...

Ai, que crime! Mas concordo que esta UE interessa a... ninguém!
Ab.

Ricardo António Alves disse...

Pois não é crime, é assim mesmo... Mas lá a honra é que eu não vi.
Olha, entre esta e nenhuma, eu prefiro esta.
Ab.

O Réprobo disse...

Credo!
Ab.