Um dia, na confissão, a senhora explicou o seu caso ao cura e perguntou-lhe se poderia fazer batota com o marido...
--Que entende por fazer batota, minha filha? -- indagou o cura.
--Não sei ao certo, meu padre -- respondeu a senhora, embaraçada. -- Certas carícias...
--Certas carícias!... Mas, minha filha, não ignora que... certas carícias... isso é um pecado mortal!...
--Exactamente por esse motivo, meu padre, é que solicito a autorização da Igreja...
--Claro, claro!... Mas enfim, vejamos... certas carícias... Muitas vezes?...
--O meu marido é um homem robusto... muito saudável...... Duas vezes por semana, talvez...
--Duas vezes por semana?... É muito... é demasiado... é uma devassidão!... Por muito robusto que seja um homem, não necessita duas vezes por semana de... de... de certas carícias...
Ficou alguns segundos perplexo e depois concluiu:
--Bem, seja... Autorizo-a a entregar-se a... certas carícias duas vezes por semana... mas com a condição... primo, de não tirar disso nenhum prazer censurável...
--Oh, juro-lhe meu padre!...
--Secundo, terá de dar, todos os anos, duzentos francos para o altar da Santíssima Virgem...
Diário de uma Criada de Quarto
(tradução de Adelino dos Santos Rodrigues)
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