sexta-feira, dezembro 01, 2006

Antologia Improvável #183 - Jorge Gomes Miranda

LINHA DE FOGO

Digamos o que dissermos
estamos sempre na linha de fogo.
Círculos de fogueiras breves
os poemas que escreveste
e onde não procuras hoje um entendimento,
antes da manhã, um qualquer fim.

Uns acreditam na pena de morte
para os crimes de sangue.
Outros na vida depois desta morte
a que chamam vida.

A poesia? Gangs organizados
dispostos a tudo para chegarem ao nada.
Escolhes o silêncio.
A salvação pelo esquecimento.
Mas já é tarde.
O teu nome consta da lista.
Faças tu o que fizeres.

Carregar, apontar, fogo!
Para alguns a vida é tão fácil.

Pontos Luminosos

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