Como todos os portugueses, e talvez muitos brasileiros, só ouvi falar no Bolsonaro quando o homem produziu aquela lamentável declaração de voto nesse mau carnaval que foi o golpe de destituição da Dilma Rousseff, aliás uma mácula que o acompanhará sempre, pelo menos enquanto não se retratar. Algo, já agora, pelo qual a sua mui cristã mulher, Michelle Bolsonaro -- com uma certa piada, devo dizê-lo com frontalidade -- deveria velar, pois duvido que o Senhor Jesus tenha achado graça à tirada. A alma em risco.
O grande mistério Bolsonaro, para mim, que vejo de fora, não é a sua eleição -- quem já viu Trump, viu tudo --, mas a sobrevivência política durante quase trinta anos dum gajo que, pelos vistos, não fazia nada no parlamento, inscrito num partidículo cujo nome ainda não consegui fixar.
(Saltar daqui para a incompetência das esquerdas, que parece ter sido vasta, é outro assunto.)
(Saltar daqui para a incompetência das esquerdas, que parece ter sido vasta, é outro assunto.)
2 comentários:
Brilhante comentário. Tudo muito estranho no Brasil. Prisão arbitrária de Lula, um presidente que deixou saudades. Triste sina de um país tão promissor. Lamentável.
Agradeço o cumprimento. É como diz, deve ser desesperante assistir a essas arbitrariedades orquestradas por gente destituída de carácter, do ex-presidente do parlamento, passando por Temer, e não esquecendo Moro, um dos grandes desavergonhados.
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