quinta-feira, dezembro 11, 2014

a hora dos jornais

«Todas as noites, ao entrar no escritório, Soriano fazia os mesmos gestos. Começava por acender um charuto, a sua velha volúpia, o seu vício desde os tempos de penúria e que tantas ironias merecera aos adversários. Em seguida, sentava-se no novo "maple", sob um verde quebra-luz. Logo estendia a mão para a mesita onde a criada, conhecendo os seus costumes, deixava os jornais da noite. Ele amava essa hora.»

Ferreira de Castro, A Curva da Estrada (1950)

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