contando as minhas poucas moedas de estudante, debatia o problema de as gastar num bar automático ou comprar uma novela e um sortido de caramelos ácidos no seu saco de papel transparente, com um cigarro que me nublava os olhos e no fundo do bolso, onde os dedos o roçavam por vezes, a embalagem do preservativo comprada com falsa desenvoltura numa farmácia onde todos os caixeiros eram homens, e que não teria a menor oportunidade de utilizar com tão pouco dinheiro e tanta infância na cara
«O outro céu»,
Todos os Fogos o Fogo
(tradução de Carlos Barata)
2 comentários:
Obrigado, Fátima, também para si!
Escuso, pois, de lhe responder...
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