Abencerragem: estampa CXLV

segunda-feira, dezembro 08, 2008

estampa CXLV

Camille Pissarro, Geada

Musée d'Orsay, Paris

6 comentários:

guvidu disse...: q linda!e mt adequada ao tempo q faz...explique lá um pouquinho da sua história, Ricardo (sua, da estampa...heheeh); 8:05 da manhã
Paulo Cunha Porto disse...: Gosto muito. E bem oportuno, segundo os relatos dos Amigos do Norte, então.
Abraço; 10:01 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Oh Ana Margarida, este quadro do Pissarro tem, de facto, uma história curiosa, que não cabe aqui...
Só lhe digo que foi um dos que figurou na 1.ª Exposição Impressionista (Pissarro, Monet, Degas, Renoir, Morisot e Sisley), no estúdio do grande fotógrafo Nadar,em 1874.
Já agora, Pissarro era descendente de judeus portugueses...

Nem me digas, IC! Estive lá no feriado de 1, e estava um frio de imobilizar...
Ab.; 11:21 da tarde
guvidu disse...: então pode postar a história do quadro, ou tem, preguiça?rs; 12:58 da tarde
Ricardo António Alves disse...: Então aqui vai a petite histoire. Esta 1.ª exposição impressionista foi objecto da mofa do público burguês e conservador. Um dia, um conhecido jornalista levou um seu amigo a visitá-la. Quando se postaram precisamente diante deste quadro do Pissarro, o jornalista viu o amigo tirar os óculos e limpar as lentes, ciente de que não estava a ver bem. E apontando para aquelas camadas de branco da geada perguntou o que era aquilo. Geada, respondeu o jornalista- Geada? Mas isto é uma coisas sem pés nem cabeça, são umas manchas brancas sobre uma tela suja!... Bem, mas a impressão está lá..., retorquiu o jornalista. Engraçada impressão!..., respondeu o outro.; 11:03 da tarde
guvidu disse...: ah adorei a explicação, mt obrigada! :); 11:02 da manhã

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A Guerra da Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos

1. Os humoristas de serviço pretendem que é uma luta de valores entre o mundo liberal e o iliberal. Humor negro, porque o único valor que o financismo e o complexo militar-industrial conhecem é o do "deus-dólar" (Eça de Queirós). Dirigidos por estes, os Estados Unidos procuraram neutralizar a Rússia, seu único rival militar, minando-a por dentro e desestabilizando as repúblicas vizinhas que ainda não estavam integradas na Nato: Geórgia, Cazaquistão, Ucrânia. Os bidens e os johnsons não passam de marionetas ao seu serviço. Tudo estava a ser preparado com a Clinton; o Trump, bilionário autossuficiente, foi um parênteses. 2. A Rússia sempre se dividiu historicamente entre o eslavismo antiocidental (Dostoievski, Soljenitsine) e a abertura ao Ocidente. A boa-fé e o ímpeto ocidentalizante foi torpedeado pela própria avidez dolarística. Diz-se que Putin, até aí defensor de uma cooperação, mudou de opinião quando assistiu à barbárie do Iraque e da invenção do pretexto da existência de armas de destruição maciça pelo selvagem do Saddam Hussein, tentando a administração americana, debalde, enganar o Mundo, mas enganando boa parte dos próprios concidadãos. Ou seja, Putin percebeu que a cúpula política norte-americana estava nas mãos de patifes notórios em quem não se podia confiar. A Rússia violou o Direito Internacional? Sim, claro, fazendo uma guerra preventiva. 3. Por razões que me escapam, a cúpula política ucraniana, foi ou quis-se enredada nesta estratégia suicidária, sacrificando o povo aos interesses geo-financeiros dos EUA. As zonas de influência sempre existiram e continuarão a existir; faz parte do poder dos impérios. A União Europeia transformou-se numa vassala dos americanos e uma extensão política da Nato, um péssimo serviço ao projecto europeu.

M. Teixeira-Gomes (1860-1941)