SÓROR MARIANA
Sóror Mariana Alcoforado vela,
-- Pendida a fronte sobre um pergaminho;
A pena vai correndo o seu caminho,
E o pranto corre sobre a face dela...
Suspende a mão! -- O seu olhar é fogo!...
E rasga a carta!... rasga... treme... odeia...!
Luta numa babel! -- O peito anseia...
...O pranto desce... cessa... -- e volta logo...
Fatigada por ter chorado tanto,
Adormece na mágoa, que a embala...
E no sonho o seu ódio é quem fala!
É madrugada. -- Acorda. -- Cessa o pranto.
Desce da Cruz da sua imensa Dor,
E a nova carta reza: «Meu Amor...»
Carnaval dos Meus Sentidos
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